quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Crônica de uma morte anunciada...

Imagem ilustrativa retirada no Google Imagens

*Beto Moura

E assim aconteceu como se fosse profecia. Mais uma vez o mundo
observou patético ao desaparecimento abrupto de uma estrela: Amy
Winehouse!Parece que as gerações passadas e a presente, pouco, ou
quase nada aprenderam com o uso e o abuso de: “drogas álcool e
rock’in’roll... -”Isso pra não dizer que não falei da da emblemática
expressão dos anos sessenta - Além, naturalmente dos escândalos
pertinentes que fazem , com que as celebridades sejam um pouco mais
humanizadas, talvez!Quando a vida que não tem nada de privada, passa a
ser pública, é, vero...
O inconfundível potencial vocal, lembrava não uma Diva, mais muitas
outras que existiam dentro de si: “Billie Holiday, Sarah Voughan, Ella
Fittgerald”- impossível não comparar - em dosagem homeopática,
naturalmente. Contrastava com o espectro da pessoa, Amy: uma
doidivana em rota de colisão iminente. O cabelo à lá, bolo de noiva,
maquiagem carregada; tatuagens até a alma metida num modelito retrô,
que nem mesmo Deus sabia de onde ela vinha, ou para onde ia...
Os impulsos de suicida estavam Por toda parte. Só não os via, quem
não quisesse vê-los... Mas o show tem que continuar, mesmo sem ter o
que fazer, sem muito o que dizer , sem muito o que sentir; ela
trafegava entre tombos, esquecimentos das letras das suas músicas ,
entradas e saídas repentinamente dos palcos, agressões gratuitas aos
fãs e outras coisitas mas...Os fiascos eram inevitáveis, caro Watson!
Uma espécie de Fênix pós-moderna, às avessas, que tentava surgir, ou
ressurgir vulgarizante, em busca de algo que nunca entendeu
realmente.
Em “Rehab”- reabilitação – La Winehouse negava que chegaria ao fundo
do poço, ou coisa parecida. Mas sua vocação autodestrutiva,
legitimaria isso com a própria letra da canção; dando uma palhinha do
fantasma que a perseguia. Dominada pela solidão, tristeza,
desesperança e medo. Assim, vivia ou morria nossa pobre menina rica ,
que nunca crescera, na realidade; perdendo-se então, nas referencias
do que era bom, ou do que era prejudicial. Nunca saíra da fervilhante
adolescência...
O sucesso do hit atinge proporções avassaladoras na discografia
americana, algo inimaginável para uma inglesa metida à besta. Sim,
Senhor! A “pop music” não seria mais a mesma. Foi breve, e logo vieram
os “Grammys” – cinco - para consagrá-la de forma incontesti; apesar
do controle de qualidade americano reprová-la ,ao negar o famigerado
“visto” de entrada em terras Yankeeanas. A desculpa era que seu
histórico era comprometedor.
God save America...
Porque hoje é sábado, amanhã será domingo!E não há nada como o tempo
para passar, porque as pessoas hão-de-morrer...Sem a menor cerimônia,
casualmente num sábado. Foi assim que , Amy morreu e mais uma vez foi
notícia. Desta feita ; sua derradeira notícia...Senti uma imensa
saudade, talvez , porque não mais estivesse entre nós...
Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa – Canden Town – norte
da fria Londres.
Lamentei o desfecho nosso de cada dia; acompanhados, ou só
acompanhados partiremos , não importa! Lamentei por não ter ido à
Arena HSBC, no Rio, quando da Turnêe brasileira para vê-la com
candura e arte – alguns maldosos insistiram: Veja antes que acabe! Ou:
É a última chance, aproveite - O preço estava salgado para um
simples mortal! Meu bolso, já avariado, não suportaria mais aquela
investida. Contentei-me com os clips que as TVs mostravam:” You know
I’m no good”, “Rehab”, “Black to black” e outros menos cotados...
Mais uma vez “Arte imita a Vida”. Todos sabem da história de
D.Baratinha, que ao varrer sua casa, encontra uma moeda de ouro. Era o
dote que daria ao seu futuro marido. Escolhe, escolhe por tanto tempo
que : dúvidas, medos e angústias passam fazer parte do seu
dia-a-dia. Mesmo assim, encontra dom Ratão, seu pretendente ideal,
que no dia do casamento acaba caindo na panela do feijão e morre. De
tanto escolhemos mal, viveremos mal, morreremos mal!!!
Às vezes, fico pensando sobre o que faltava na vida de Amy. Um ser
que tinha tudo para ser feliz, pelo menos aparentemente...Todos nos
passamos e passaremos, Amy também passou pelos outros em sua vida
passageira. Agora, carpe diem, estrela! Pois para tudo há um tempo
determinado sob os céus; de guerra e de a paz!
Shalom, shalom, shalom...

*formado em letras Vernáculas pela UFRJ.

Conto : - O diário de Malu -


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