Miss Geyse em sua inquietação bovaryana

Foto ilustrativa retirada no Google Imagens

Alô, Houston temos um problema aqui!

Onibus incendiados?
Não!
Tumulto nos trens?
Não!
Helicópitero abatido?
Não!
Barcas desgovernadas?
Não!
Apagão?
Não!
Educação.
Não!
Saude.
Não!
CPIs?
Não!
Que país é esse?
É o inferno de Dante!É vero!!!

...Joga pedra na Geni/joga pedra na Geni/Ela é feita pra apanhar/Ela é boa de cuspirEla dá pra qualquer um/Maldita Geni...
Assim começa mais uma mazela nossa de cada dia...
Cerca de 700 alunos e alunas não perdoaram e fizeram um rebuliço. Uma manifestação jamais vista em Terras Brasilis...
É prostituta ou atriz pornô . corria à boca pequena como coisas equivalentes, dando espaço para selvageria que se viu...

A multidão queria a cabeça da colega do curso de turismo Geyse Villanova Arruda, que em sumaríssimo traje se esprimia, à mingua!Encenando o seu “instinto selvagem” com calcinha, naturalmente.
Uau! Sharon Stone fez história!
A grife era popular demais! Talvez da 25 de março, de Sampa. Se fosse no Rio, da Saara, no Centro.
Quanta falta de ter o que fazer...

Dizem, saltitava cotidianamente de ceca a meca no campus acadêmico, de São Bernardo, rebulando aos borbortões; em busca de um lobo mau, que a petiscasse sem dó nem piedade.
Num país de bundas; isto é um desbunde!
Foi confinada a uma das salas, antes que a violentassem!
Todo rededezvous foi gravado pelos celulares que estavam à disposição e logo caiu como luvas na internet, num outubro pra lá de vermelho...
Já não se faz mais Universidades como antigamente;nem faculdades, professores;tampouco alunos. As roupas que algumas alunas vestem parece que foram pegas no brechó da Britney Speares.

Antigamente as moças chamavam-se mademoiselles, eram todas mimosas e muito prendadas; trajavam-se em puríssimo cor-de-rosa e liam o pequeno principe...
Depois da invenção da “perestroika e a glasnost” o mundo não foi mais o mesmo. Acredite se quiser. Mas essa é uma outra história...
Se a moda pega, o que vai aparecer de jovens monstrando a calcinha nas universidades, ou sem as ditas cujas. Os marmanjos de plantão não vão ter tempo pra apreenderem o que é ética, moral, caráter, dignidade, tolerância, bom senso...
Vai virar: Endemia, epidemia, pandemia!
Putz grila! Estamos fritos!Ainda bem que foi só na U-N-I-B-A-N...
Já pensou se os alunos de todas as universidades ficassem sem a propedeutica!? O que seria do sujeito epistemológico?
Que micãoooooooooooooooooooo!

Ainda bem que o MEC cuida direitinho da nossa educação!E podemos ficar sossegados quanto ao futuro dos nossos filhos, netos , parentes e afins, não é mesmo?
Creio que a “Circi” tupininquim – guardadas as devidas proporções – está distante de ser uma mulher fatal, é vero! Mas deixou sua marca nos anais da faculdade, digamos assim! Mesmo que estivesse mais pra Susan Boyler do que Lady Gaga.
Daqui a pouco deve estampar as revistas masculinas, – nas boas bancas do ramo - pintar na novela das oito, rejubilar-se na bateria de uma escola de samba: madrinha ou rainha? Não importa. É a parte que lhe cabe deste latifundio...

O homem é mesmo estranho, chateia-se em casa, vai pra Universidade, onde deveria aprender a arte de con-viver:
Experimentar,
Civilizar,
Dialogar.
Negociar,
Humanizar-se com engenho e arte, trazendo a “Paz na terra aos homens de boa vontade”...

* Formado em Letras Vernáculas pela UFRJ.
Autor de: a casa do chefe – conto -

fontes:

band.
Braguinha
Chicobuarque
carlosdrumonddeandrade
revistaepoca
extra
filologia.org
letras.terra
odiaonline
pensador.info
viniciusdemorais
wikipedia