terça-feira, 6 de abril de 2010

O Rio que passou em nossas vidas...

Imagem ilustrativa retirada do google imagens

por * Beto Moura

O que me contaram não foi nada disso...
Ainda assim, Deus criou o maior espetáculo da Terra e numa viagem
iniciática entre os morros curvilíneos: Cara de cão e o Pão de
Açúcar; tinha uma baía no meio do caminho. No meio do caminho tinha a
baia de Guanabara...
A Carioca da gema : Encantava! Deslumbrava! Extasiava!
Como era de se esperar, surgiriam viajantes de etnias mil, na terra
virgem, abundava o pau
brassssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssil!
Confundiram-na com a foz de um rio, em primeiro de Janeiro de 1502,
ora pois, pois...
Em perigos e guerras esforçados/Mais do que prometia a força/E entre
gente remota edificaram/Novo reino que tanto sublimaram no hemisfério
sul, na América, num claro instante.
E naqueles tempos, franceses, holandeses, espanhóis ingleses e
portugueses invadiram Pindorama, tomando-a dos seus verdadeiros
donos: os índios!
Tupinambás…
Tupiniquins...
Tupi or not Tupi : this is the question …
O sol nascia e não durava mais que um longo dia, é, vero!
Um tsunami varria o mundo:
Liberté!
Égalité!!
Fraternité!!!
Do sonho, a realização se fez, e em 1556, a primeira aglomeração
europeia na baia de Guanabara, era francesa! Com certeza! U-la-lá!!! A França era(é) aqui!
Dèjá vu...
Oui!
Oui?
França, aquuuuuuuuuuuuuuuui?
Antártica, cara pálida!
Nossa! Que país é esse?
C èst ma vie...C`est ma vie…C`est ma vie…
Nem mesmo Debret pincelaria os tons dramáticos desta ópera tropical,
com tanta escaramuças entre França e Portugal. Era Março de 1560,
o forte coligny, erguido em Serigipe por Villegaingnon, foi arrasado
pelos portugueses, sob o comando de Mém de Sá. O núcleo populacional
não teve continuidade; nem mesmo o marco inicial de Henriville sobrou
pra contar a sua fantástica história em terra nostra! É, vero!!!
Objetivamente para expulsar os invasores, Estácio de Sá não titubiou e
ao desembarcar em 1° de Março de 1565, na praia de Fora – Urca -
ordenou para que cavassem trincheiras, muralhas, casas, além de uma
ermida de taipa e sapê afim de resguardar a imagem de São Sebastião. A
partir daí, data comemorativa da fundação da Cidade!
Como não existem dois sóis, não pode existir dois “Senhores”; ou
melhor, dois fundadores!!!
C`est la vie...C`est la vie...C`est la vie…
Maktub! Maktub...
Bela e sedutora, feminina e transgressora, do Império e da República
foste capital! Mesmo depois continuou sendo: cultural, intelectual e
sentimental de todos brasileiros. Daquela Alteza o Cristo Redentor te
protege “de olhos bem abertos”, cotidianamente sobre a Guanabara.
E Mesmo hoje – 1° de março de 2010 – quando a chuva precipita; parece
que a danada fica ainda mais bonita.
Não, ela não veio suntuosa em seu desfile principal...
Não trouxe confetes nem serpentinas. Não vieram saudá-la : pierrots,
arlequins ou colombinas. Amanheceu quieta, circunspecta; sem vontade
de sambar.
Olhando para trás, viu-se ainda menina...
Menina-criança...
Menina-moça...
Menina-senil...

* Beto Moura é formado em letras Vernáculas pela UFRJ. Autor de Che : Uma balada para liberdade – conto -

fontes:
alertatotal.net
caetanoveloso
camões.com
educação.uol
fernandodannemann
Ifch.unicamp
historianovest.
historiaviva
litoralsulvirtual
oswaddeandrade
pensamento.info
revistaepoca
vascomariz
viniciusdemoraes

Nenhum comentário:

Postar um comentário