Imagem ilustrativa retirada do google imagens
Olga de Franco
Ostentas tua tiara ensolarada
Longínquo eu recebo a informação
Galáxias te esperam num futuro
Após a turbulenta introspecção
Dos rios uma ladainha triste emana
Em meio ao marasmo Iara chora
Frívolo agouro que o vento esquece
Regaço que brilhou por toda aurora
Atrelado, Pégaso cavalga sem cessar
Num íngreme acesso interestelar
Câncer, leão e outras mil constelações
Obedecem o esplendor de uma dormida,
dos sonhos que os versos irão contar...
Rio: 21 Junho de 1980.
Sombra de vida
A vida morre aos poucos
E essa mortalidade vai se tornando
Mais ou menos funcional
Vai morrendo de fome
Falida de bons valores
Vai, vai morrendo como pode
Ela morre...
E já não é nem mesmo acontecimento; nenhum fato importante
Vai morrendo, devagar, à mingua
Vai morrendo desiludida
Ao sabor de uma tristeza dolorida
Morre...
Pois morrer é o ponto final
Já que passa não ter utilidade
Nem a menor felicidade
De uma banalidade qualquer
Por isso ela morre...
Morre sim!
Indigente
Esquecida
Cansada,
Caída numa poça d`água.
Rio: 06 Agosto de 1982
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